quarta-feira, 29 de abril de 2009

L' Absinte - 1876 - Edgar Degas



O quadro de Degas mostra personagens, ambiente, formas, cores (ainda que frias - O mármore das mesas), ponto de vista. Não é possível ver a figura masculina por inteiro (pé e braço foram cortados, assim como parte da sala para onde ele parece olhar), a fisionomia da mulher mostra certo ar de infelicidade.
Estão num bar, tomando absinto(bebida cujos efeitos eram desastrosos, que acabou sendo proibida pelas autoridades). "Sequer as mãos entrelaçadas, calados, imóveis ..."
Para os impressionistas a realidade deve ser dinâminca, estar sempre em mudança - a forma das coisas se altera na luz ou sombra. Daí o interesse pelo cotidiano, objetos observados em vários momentos do dia.

Luz e Sombra - Impressão: Sol Nascente 1873 - Claude Monet


O quadro parece ter sido pintado, em grande parte, ao ar livre, visto que nessa época havia grande predileção, por parte dos impressionistas, essa forma de captação da natureza; ainda que lamentassem sobre a dificuldade para encontrar a mesma combinação de condições climáticas, visto que as constantes mudanças nos efeitos do sol e das nuvens impediam a captação no local, a "instantaneidade" dos efeitos da natureza.
Nessa composição do amanhecer - Porto de Le Havre - Monet usou pinceladas delicadas e soltas. Sua maior "ousadia" está na maneira como retrata a luz do sol refletida na água; cujo objetivo era captar o frescor do momento. Essa é a forma impressionista de pintar.

Luz e Sombra - Paisagens Alfred Sisley



Toda imagem inclui seu observador, isto é, carrega pistas do ponto de vista de quem a criou.
Observando a igreja que Sisley pintou pela manhã (à esquerda) e ao entardecer (à direita) vê-se claramente a incidência de raios solares nas paredes da igreja, que é o principal indicador de uma mudança temporal levada em conta pelo observador-pintor. Registradas nas telas, essa mudança comprova que uma imagem é produto do ponto de vista, isto é, do modo como o observador percebe uma realidade numa determinada fração de espaço-tempo.
Por isso é impossível perceber o que quer que seja excluindo a si mesmo dessa observação, porque toda observação é mediatizada pelo ponto de vista do observador.

Aula 8 - Orientações Espaciais - Aguçamento e Nivelamento


A foto faz parte do acervo do Museu de Arte Moderna da Bahia.
Sendo Nivelamento a maneira pela qual prestamos atenção ao nosso redor e como essas impressões se organizam em informações através do que vemos, o que observo nessa foto é a representação de algumas colunas verticais (dispostas numa base), de suas cores em cuja simetria aparece a figura de um animal, "propositalmente perdido".
Eis que surge (quase) inesperadamente, desestabilizando a tranquilidade do que poderia ser considerado "perfeito", caracterizando o que chamamos de aguçamento.

Aula 19 - Gesto na Representação Gráfica - Croquis




Aula 16 - Estrutura Invisível e Ativa




Aula 14 - Repetição (Figuras Geométricas e Orgânicas)




Aula 13 - Matéria e Forma




Aula 11 - Textura




segunda-feira, 30 de março de 2009

Colagens com resíduos de papel


Colagem com resíduos de papel


Cores Belas


Sobre o belo e o feio? Não há como distinguir as cores como "belas" e "feias". Possuindo todos os matizes, a cor influi sobremaneira a cada um, indistintamente. O que pode parecer "feio" para alguns, torna-se belo para outros; o que pode existir é, tão somente, uma combinação de cores que agradam ou não e mesmo numa tentativa de montagem colorida, pode haver distorções. Acredito até que o estado de espírito leva o criador a sofrer a influência das cores. ("a beleza está nos olhos de quem vê").

Cores Belas


Cores Fortes


Horizontalidade, verticalidade, ordem e desordem


Horizontalidade, verticalidade, ordem e desordem

A partir da desordem, trabalhando a verticalidade, assim como a horizontalidade, foi-me possível perceber a diferença considerável entre usar o software paint brusch e os recortes de papel; mesmo usando somente dois tons. Gostei do resultado, embora se fosse considerar o mais "perfeito", a tendência da predileção logicamente tenderia ao desenho criado no software.

Linhas Aleatórias

Linhas aleatórias - desenho similar ao do realizado no paint brusch, feito com recortes de papel colorido. É gratificante trabalhar com recortes de papel. Não encontrei dificuldades.

segunda-feira, 23 de março de 2009

DESENHO COM LINHAS


Ao deitar-me fiquei pensando nos traços que deveria realizar e, ao levantar-me, após o café matinal, pus-me a criar o que só agora apresenta-se diante dos meus olhos. Não imaginava o que deveria surgir como forma, mas gosto do que vejo.
Não encontrei dificuldades em realizá-los. atrevo-me até a considerá-los fáceis e descomprometidos com o "belo", embora estivesse envolvida totalmente com as linhas. Não sei dizer o que me motivou. A chuva, talvez?

DESENHO PONTILHADO A LÁPIS


A composição com pontos, embora pareça fácil, foi a tarefa que encontrei mais dificuldade, talvez por trazer-me à lembrança fatos inesquecíveis como o passeio de barco, pelo rio Solimões, na Amazônia, lugar onde vivi durante cinco anos. Tentei reproduzir algo improduzível; pois as recordações são mais fortes e mais presentes, tornando impossível colocar numa folha toda beleza natural que pude presenciar.
Motivada pela emoção fica ainda mais difícil captar as imagens que gosto de manter vivas. Na verdade nessa folha há apenas uma minúscula parcela da natureza que, graças a Deus, tive o privilégio de 'descortinar"
Durante o processo criativo, as emoções tornam-se mais fortes que simples rabiscos.

DESENHO COM RESÍDUOS

A realização do desenho com resíduos do perfurador de papel foi muito bom e divertido. O motivo que levou-me a retratar as velas, veio esta manhã, quando da praia avistei alguém que velejava e me permiti sonhar, desejando estar naquele veleiro, sentindo o vento acariciar meu rosto.
O dia estava magnífico; o mar generoso. não tive dificuldade em criar, pois estive, deveras, despreocupada e envolvida; no entanto, não foi possível realizar esta tarefa de forma rápida, como sugere o professor
.

DESENHO LIVRE - MINHA CASA



Durante o dia, fiquei pensando qual desenho deveria criar, visto que a primeira e grande preocupação seria a de agradar aos que o visse, mas à noite permiti que a imaginação conduzisse minha mão e logo, logo nos primeiros traços horizontais aparece a base. não encontrei dificuldades, pois surgiram outros traços e ... eis que surge minha casa!
Sem dúvida, os motivos (in)conscientes que me levaram a "construí-la" foram o desejo e a esperança de possuir uma - "O sonho da casa própria" -.
A vegetação e outros elementos foram se agregando como uma necessidade. Porta e janela ainda estão fechadas à espera da inauguração e, nesse dia, haverá muitos doces, música, amigos e muita alegria!